A nossa reportagem recebeu a informação de que menos 20 garis que prestam serviços à empresa de limpeza urbana CONSERV, receberam aviso prévio de demissão. A empresa passa por dificuldades de operacionalização após a Prefeitura Municipal de Patos não pagar mais de R$ 2 milhões em serviços prestados na cidade.
A informação foi repassada por um dos trabalhadores que confessou: “Estou sem nem saber o que fazer. Estava trabalhando e agora não tenho mais trabalho. O pessoal disse que a prefeitura não tá pagando e por isso que a gente vai ser colocado de aviso. Foi eu e mais um bocado”, relatou o gari que pediu para não ser identificado.
A empresa CONSERV presta serviços de varrição de ruas, coleta de lixo, poda de árvores e pintura de meio fio. Ela foi contratada no início do ano passado na Gestão Dinaldo sem licitação e posteriormente acabou vencendo um processo de licitação recebendo mensalmente cerca de R$ 650 mil.
Até o mês de maio, dados do Guia de Despesas Orçamentárias registravam que a Prefeitura tinha pelo menos três parcelas e meia pendentes como mostra o extrato abaixo com dívida total de R$ 2.114.786,48.
A empresa tem um contrato bem acima dos valores praticados pela administração passada que tinha contrato com a Light. Enquanto a primeira recebe hoje algo entorno de R$ 650 mil mensais, a segunda recebia pelos seus serviços cerca R$ 410 mil mensais em média, segundo mostra o extrato de pagamento do Sagres.
No início da Gestão Dinaldo tal empresa assinou um contrato de mais de R$ 4 milhões(anexo com valores totais) por 180 dias de serviços prestados.
Os garis relataram que os serviços serão reduzidos em várias áreas, pois a demissão afeta diretamente os trabalhos executados.
Nos últimos meses, os trabalhadores têm reclamado de atraso nos salários e principalmente nas cestas básicas fornecidas pela empresa. O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Limpeza Urbana no Estado da Paraíba (SINDLIMP) vem denunciando os problemas enfrentados pelos trabalhadores.
Empresa passa por dificuldades para operar serviços
Dias atrás a população sofreu com a parada durante quase um dia inteiro dos serviços de coleta de lixo por conta que os caminhões ficaram sem abastecer porque a empresa estava com dificuldade de pagamento de combustível no posto fornecedor.
As cestas básicas dos garis não foram entregues na data mensal a que são repassadas(25 de cada mês).
De acordo com um gari que procurou a nossa reportagem, muitos colegas passaram necessidade e quando iam perguntar pelo mantimento recebem o aviso de demissão.
Ele denunciou que a parada dos caminhões coletores no final do mês passado foi por conta do atraso no pagamento da Prefeitura que deve de dois a três meses a Conserv que passa por dificuldades, inclusive, para abastecer os caminhões.
“Nenhum posto quer abastecer os caminhões porque não recebem da empresa que não tem como bancar o atraso. O que a gente escutou lá dentro da empresa é que a prefeitura não paga há dois ou três meses”, denunciou ele.
Os caminhões ficaram durante todo o dia 23 de abril parados sem combustível no pátio da empresa e os profissionais sem trabalhar esperando uma segunda ordem.
Já em maio, passada a greve dos caminhoneiros, a empresa voltou a deixar a cidade sem coleta durante vários dias alegando falta de óleo Diesel S10 nos postos da cidade, não admitindo que desta vez o problema era por conta da dívida da Gestão.


Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem