O Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir inquérito civil para apurar denúncias de supostos danos causados em decorrência das obras da transposição do Rio São Francisco em residências na cidade de Monteiro. Nos dois casos, a decisão é da procuradora Janaína Andrade de Sousa, publicadas na edição daa sexta-feira (20) do Diário Eletrônico.
As denúncias foram formuladas pelos proprietários das residências contra o Ministério da Integração Nacional e o inquérito tem prazo de uma ano para ser concluído. A águas da transposição chegaram à cidade de Monteiro em março de 2017, após uma década de obras que tiveram o intuito de acabar com a seca no sertão nordestino.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) corresponde a maior obra de infraestrutura hídrica do país, dentro da Política Nacional de Recursos Hídricos. Com 477 quilômetros de extensão em dois eixos (Leste e Norte), o empreendimento pretende garantir a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde a estiagem é frequente.
Muitos problemas ocorreram durante as obras, especialmente envolvendo atrasos por quebras de contratos, o que tem movido uma série de ações no MPF para apurar os casos. Ao todo, a obra é composta por 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, nove subestações de 230 quilowats, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis. Com 15 quilômetros de extensão, o túnel Cuncas I é o maior da América Latina para transporte de água.

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