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A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (10) a oitava fase da Operação Calvário. Entre os alvos desta fase estão a Loteria do Estado da Paraíba (Lotep), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a empresa Paraíba de Prêmios.
O jornalista Fabiano Gomes foi preso durante a ação. Um auditor do TCE é alvo de mandado de busca e apreensão.
Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão, em órgãos públicos, empresas e residências.
O objetivo é investigar indícios de lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Lotep.
As investigações demonstram que parte dos recursos foram desviados com a participação de auditor do TCE, que teria recebido vantagem indevida para embaraçar ou obstar a fiscalização nas organizações sociais.
Com o andamento das investigações, foi identificada a atuação do grupo com jogos de apostas, sendo esta uma das formas encontradas pelos investigados para ampliar suas receitas. Para isso, utilizavam a máquina pública estadual no sentido de liberar o funcionamento de empresas ligadas a investigados e que melhor atendessem os interesses financeiros do grupo, ao mesmo tempo que impediam a entrada de empresas concorrentes no Estado.
Participação de jornalista
O aprofundamento do trabalho investigativo também apontou no sentido de embaraços à própria Operação Calvário, mediante a atuação de um profissional jornalista, o qual se valia de seus canais de imprensa para constranger investigados ou potenciais investigados a lhe pagarem vantagem indevida, sob pena de revelar
conteúdo sigiloso, ofendendo, por via reflexa, a honra objetiva de autoridades responsáveis pela apuração, referidas indevidamente como fontes do acesso privilegiado.
Mandados em João Pessoa e Bananeiras
A operação conta com a participação de 55 Policiais Federais, e 5 auditores da CGU, sendo realizado o cumprimento de 9 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, e no TCE, nas cidades de João Pessoa e Bananeiras, bem como o cumprimento de um mandado de  prisão.
Desvio de R$ 134 milhões
A operação Calvário denunciou à Justiça esquema de corrupção que desviou R$ 134 milhões em recursos públicos através de contratos com organizações sociais durante as gestões do ex-governador Ricardo Coutinho.
O ex-gestor foi preso em uma das fases da ação, assim como a deputada Estela Bezerra, a prefeita de Conde, Márcia Lucena, empresários e ex-secretários.
As ordens judiciais são cumpridas pela Polícia Federal e pelo Grupo Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, com participação de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU).


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