A pandemia de coronavírus e a recomendação do Ministério da Saúde de evitar aglomerações promoveram mudanças no futebol paraibano. Muitos clubes para não fechar as portas adotaram medidas extremas, como é o caso de três clubes do Sertão paraibano o Atlético de Cajazeiras (Trovão Azul), Nacional de Patos e o Sousa (o Dinossauro).
A diretoria do Nacional de Patos se viu obrigada a tomar uma decisão drástica. É que, sem as receitas geradas pelas bilheterias dos jogos, e sem previsão de retorno da competição, o clube não vai ter fonte de renda e, assim, não vai poder bancar o time enquanto o futebol estiver paralisado. Com isso, a diretoria nacionalina foi a primeira a desmontar totalmente o seu elenco, dispensou a comissão técnica e, numa eventual retomada do estadual, vai precisar reunir às pressas um novo grupo de jogadores.
N0o tocante as medidas adotadas pelo Atlético de Cajazeiras que chegou a ameaçar na semana passada rescindir o contrato de todos os jogadores do elenco e dos funcionários do clube, porque não estava mais podendo honrar com o compromisso de pagar os salários em dia, porém foi chegado acordo e os jogadores e funcionários aceitaram uma redução salarial, em troca de manter os seus empregos. O clube utilizou as diretrizes do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do Governo Federal, que lançou a Medida Provisória 936, onde é possível reduzir em 25, 50 ou 75% do salário, e até suspender o contrato do profissional contratado. E o Atlético foi no limite máximo de redução salarial, ou seja, 75 por cento, até enquanto durar a pandemia. O clube agora aguarda ansiosamente a volta do Campeonato Paraibano.
“Nós todos estamos muito ansiosos por este retorno. Sabendo da intensidade da pandemia no nosso Estado é difícil prever quando. Esperamos em breve que haja uma flexibilização por parte dos órgãos de saúde e do próprio governador, para o retorno do futebol, o mais rápido possível, claro que sem risco de vida para os atletas”, disse o diretor de futebol do Atlético, Alisson Lira.
Já no Sousa a situação não é diferente o presidente do clube, Aldeone Abrantes, disse que se não houver um repasse do programa do Governo do Estado que beneficia os clubes, não há a mínima condição de voltar para terminar o Campeonato Paraibano.
“Nós temos para receber cerca de R$ 400 mil do Governo do Estado, referente ao programa Gol de Placa do ano passado e o novo programa de incentivo ao esporte deste ano. Além disso, o clube contava com pelo menos R$ 150 mil de renda de dois grandes jogos que seriam disputados no Marizão, contra o Botafogo e o Atlético de Cajazeiras. Iam ser dois jogos de casa cheia, porque o Belo seria uma grande atração para os torcedores locais com suas estrelas, já o Atlético é um velho rival e nos venceu na primeira partida em Cajazeiras, agora queremos dar o troco aqui. Então, o torcedor iria comparecer em massa para empurrar o “Dinossauro” para cima do “Trovão Azul”. Do jeito que está não adianta falar sobre retorno do Campeonato Paraibano”, comentou Aldeone.
Redação com PB agora 

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