Após mais de oito horas de depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curtiba, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro terminou seu depoimento no inquérito que apura sua acusação de que o presidente Jair Bolsonaro interferiu nas investigações. Segundo fontes, ele apresentou novas provas contra Bolsonaro.
Moro começou a depor pouco depois das 14h e terminou de falar perto das 23 horas.
O ex-ministro falou no âmbito do inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar os supostos crimes levantados por Moro. As acusações envolvem, principalmente, a alegação de que há uma interferência política, por parte do presidente, na Polícia Federal em prol de benefício próprio. 
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello é o relator do inquérito.
O depoimento ocorreu no mesmo prédio em que o ex-presidente Lula ficou preso em decorrência da Lava Jato, comandada por Moro. Ele foi ouvido em Curitiba justamente por ser seu local de domicílio, agora que já deixou Brasília. 
O depoimento poderia acontecer em 60 dias, mas foi antecipado por Celso de Mello. A antecipação aconteceu após um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e dos deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) para que agilizassem o processo devido à gravidade destas acusações. 

Manifestação
Antes da chegada do ex-ministro, um pequeno grupo de apoiadores de Bolsonaro protestou com palavras de ordem contra Moro e a imprensa. 
Com microfones, militantes chamavam Moro de “Judas”, “rato”, e chegaram a falar que “a biografia do Moro deveria ser jogada na privada”, entre outros xingamentos. “Porque não investigava quem tentou matar o presidente?”, gritavam.
Também havia alguns apoiadores de Moro, com faixas de apoio, no local.
Agência Brasil

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