O economista Abraham Weintraub anunciou hoje sua saída do MEC (Ministério da Educação) e se torna o décimo ministro a deixar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Em um vídeo ao lado do presidente, Weintraub afirmou ter recebido um convite para trabalhar no Banco Mundial.
A queda de Weintraub vinha sendo especulada desde que veio a público um vídeo de uma reunião ministerial realizada no dia 22 de abril. Na ocasião, o então ministro defendeu a prisão de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). "Eu, por mim, colocava esses vagabundos todos na cadeia. Começando pelo STF", declarou.
Desde então, os membros da corte, lideranças do Legislativo e até quadros dentro do próprio governo passaram a cobrar a demissão de Weintraub. Bolsonaro, no entanto, tem apreço pelo ex-ministro e buscou resistir até o limite. A pressão, no entanto, tornou-se insustentável.
No último domingo (14), Weintraub compareceu em Brasília a uma manifestação do grupo bolsonarista "300 do Brasil", grupo que já fez diversos ataques ao Supremo, e voltou a usar o termo usado na reunião ministerial: "Eu já falei qual é a minha opinião, o que eu faria com os vagabundos". O episódio acirrou ainda mais a tensão do governo com o Supremo.
Na última segunda (15), o STF formou maioria para manter Weintraub no inquérito das fake news. O julgamento foi concluído na quarta (17) com o placar de 9 a 1 contra o ex-ministro.
Para piorar a situação do agora ex-ministro, no mesmo dia o próprio Bolsonaro fez uma crítica a Weintraub. Durante entrevista ao canal BandNews TV, o presidente disse que o então chefe do MEC "não foi muito prudente" ao participar da manifestação do grupo de bolsonaristas no fim de semana.
Uol

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