Na noite desta sexta-feira, dia 10, através de levantamento feito pelos portais de transparência, a reportagem mostrou centenas de funcionários ligados à Prefeitura Municipal de Patos que receberam a 1ª parcela do auxílio emergencial, disponibilizada pelo Governo Federal diante da pandemia do novo coronavírus, COVID – 19.

A lista contém 20 funcionários efetivos, 31 comissionados e 198 contratados por excepcional interesse público da Prefeitura Municipal de Patos. Após a divulgação, muitas pessoas fizeram contato com o Patosonline para relatar que devolveram o recurso recebido. Outras fizeram silêncio, justificaram o direito de receber e alguns não entraram em detalhes, mas disseram que os recursos caíram nas contas sem solicitação alguma do auxílio emergencial. Uma parte disse que vai devolver o recurso, caso de confirma que houve irregularidade.
As advogadas gêmeas Talita e Tamar de Araújo Lucena, que são contratadas pela Prefeitura de Patos, relataram que devolveram o recurso desde o final do mês de junho, ou seja, na semana passada. Uma das irmãs receberam uma parcela e a outra duas.
Os comprovantes de devolução foram enviados pelas advogadas que relataram em trecho da nota enviada a redação: “Na mesma hora informei que não havia razão para saber tal auxílio, tendo em vista que não havia solicitado, sequer havia baixado o aplicativo para requerer tal auxílio, pois estava ocupando um cargo em comissão na Prefeitura Municipal de Patos/PB; No dia que tomei conhecimento, procurei me informar sobre como proceder para realizar a devolução… Como o valor estava na minha conta poupança, gerei a Guia de Recolhimento da União – GRU, no valor de R$ 600,00, através do seguinte link: https://devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br/devolucao e realizei o pagamento através do débito em conta, no dia 03 de julho de 2020… No dia 08 de julho de 2020, comuniquei o ocorrido ao Secretário Municipal de Administração através de um ofício”.
As advogadas lamentaram a exposição dos seus nomes sem que estas fossem procuradas para explicar os acontecimentos. 
A enfermeira Leilyanne Figueiredo de Oliveira Pereira também fez contato com a reportagem e reafirmou que fez a solicitação do auxílio emergencial por acreditar que tem direito. Ela disse que é viúva, mãe de 4 filhos e a renda da família gira em torno dela e, portanto, quando se divide o valor, ela se encaixa nos critérios do programa. Ela relatou ainda que se for o caso, diante da confirmação que ela não tem direito, o recurso será devolvido.
A chefe do setor de epidemiologia da Secretaria de Saúde do Município de Patos, Samara Maques, fez uma publicação e relatou: “…nunca solicitei esse auxílio, Graças a Deus trabalho e jamais faria uso indevido do dinheiro público! Total repúdio a esse site e a esse que se intitula jornalista Josivan Antero”, relatou em sua rede social.
A inspetora sanitária Francisca Hítala Gomes de Sousa mostrou comprovantes de devolução do recurso do auxílio emergencial desde o dia 16 de junho. 
Várias pessoas mostraram que receberam o recurso de forma automática devido ter cadastro no Sistema Único de Assistência Social. Esse é o caso de Heverton Alves Gomes, porém, ele mandou documento comprovando a devolução. Heverton faz parte da coordenação do Bolsa Família em Patos.

Jozivan Antero – Patosonline.com

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