Avaliado entre os meses de maio e setembro deste ano, em vários critérios no tocante ao desenvolvimento do projeto TELE-UTI do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor-HCFMUSP), o Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC) recebeu o conceito ‘A’ e se destacou entre os demais. “A melhor avaliação entre os hospitais que participam do projeto coube a nossa unidade e estamos muito felizes com esse resultado”, disse hoje (29), a diretora técnica do Complexo, Dra. Jaquelline Andrade, logo após ser comunicada dos resultados auditados pela equipe médica da Universidade de São Paulo ( USP). Além do Complexo de Patos, o Conjunto Hospitalar do Mandaqui (SP), o HB de Porto Velho (RO) e o HSVP Cruz Alta (RS) também foram avaliados pelo projeto de TELE-UTI. O projeto começou a ser desenvolvido em Patos, em maio deste ano.

A diretora Técnica do Complexo de Patos explica que o Conceito ‘A’ da unidade paraibana foi conseguido pela alta adesão ao Programa, pela efetivação dos processos, pela assiduidade e participação das equipes nas teleconsultas, pelo dados dos pacientes ativos, pela melhora nos preenchimentos do NPS após as teleconsultas e ainda pela disponibilidade de dados para discussões estruturadas. “Para que se entenda melhor, esse Conceito mostra que o Hospital Janduhy vem tendo um excelente aproveitamento deste Projeto, inclusive, sendo protagonista do desenvolvimento dele nesta Casa”, destaca Dra. Jaquelline, que coordena o trabalho na unidade de Patos.

Para se ter ideia da disparidade entre as unidades avaliadas, no critério ‘Número de discussões’, o Complexo de Patos pontua com 399, enquanto as demais unidades pontuam entre 31 e 176. Na ‘Média de discussões por visita’, mais uma vez, Patos se destaca em relação às demais instituições, pontuando com 3,3, enquanto as demais oscilam entre 1,6 e 2,3. No critério ‘Taxa de Cancelamento’, o Complexo de Patos ficou com o percentual de 8%, enquanto a demais instituições oscilam entre 17% e 41%. “São dados que comprovam o nosso compromisso em melhorar processos e avançar com o Projeto de TELE-UTI da USP”, destaca Dra. Jaquelline, lembrando que já solicitou à instituição que amplie o projeto para além das UTIs Covid. “Já fiz o pedido para que a Residência Médica e os demais pacientes internos na Clínica Médica, não somente em UTIs de nossa unidade, possam ser inseridos nesse projeto”, disse a médica.

Ainda segundo Dra. Jaqelline, com o aporte desse projeto o Complexo trouxe para a realidade de Patos o padrão USP de atendimento que permite analisar conjuntamente, através da telemedicina, os casos clínicos de pacientes graves de Covid e decidir de forma conjunta os protocolos que são adotados nestes pacientes. “Com essa iniciativa, tanto os profissionais como os pacientes do Complexo serão beneficiados. Os primeiros porque têm a oportunidade de se aperfeiçoar tecnicamente e os pacientes porque são beneficiados diretamente com esse aperfeiçoamento”, destaca a médica, que agradeceu o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde para implantação de várias melhorias no Complexo.

O diretor geral do Complexo, Francisco Guedes, reitera que o apoio e aporte do InCor-HCFMUSP é muito importante. “Nossa unidade foi é a primeira na Paraíba e também do Nordeste a integrar a rede de telemedicina que conta, atualmente, com apenas vinte hospitais estaduais em todo o Brasil com esse serviço e é uma honra recebermos esse Conceito ‘A’, pois além de nos estimular a continuar essa caminhada, ele nos credencia com ainda mais qualidade de atendimento no manejo de nossos pacientes de UTI”, reforçou o diretor geral.

Sobre o InCor-HCFMUSP

Através do projeto, as equipes do Complexo de Patos participam de capacitações direcionadas para manejo de pacientes de UTI, com treinamento e suporte remoto para os profissionais que formam a equipe multidisciplinar da unidade, além de possibilitar uma discussão dos profissionais de Patos com os da USP sobre condutas em casos de pacientes com insuficiência respiratória grave que passaram a ser acompanhados de forma conjunta. 

O projeto tem a finalidade de auxiliar os hospitais apoiados pelo Ministério da Saúde, como no caso do Complexo de Patos,  e se propõe a promover os atendimentos as equipes das UTIs, implementando protocolos baseado nas melhores práticas nacionais e internacionais de manejo destes casos, capacitar profissionais dessas UTIs, de acordo com protocolo de atendimento destes pacientes e ainda estruturar um modelo de avaliação de resultados clínicos que possibilite mensurar os resultados da linha de cuidado implementado.

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