O diretor geral do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC), Francisco Guedes, fez na manhã desta quinta-feira (13), um alerta sobre a atual situação de ocupação de leitos do setor Covid da unidade. “Nós amanhecemos hoje com 95% de ocupação dos leitos de UTI e 100% nos das Enfermarias Clínica Covid. Esse dado é extremamente preocupante, pois essa situação está sendo evidenciada não apenas na Paraíba, mas em todo o país e, neste momento, sobe o estrangulamento no número de ocupação de leitos Covid e ainda não sabemos o que motivou esse aumento de casos de internação”, afirmou Francisco.

Ainda segundo ele, há várias possibilidades que podem  justificar essa situação. “Pode ser reflexo dos encontros no recente domingo, Dia das Mães, pode ser também por causa de uma nova  variante do vírus, o fato é que estamos vivenciando essa situação e é preciso que a população tome conhecimento do que está acontecendo para poder também ajudar as autoridades sanitárias na resolutividade do problema, afinal, isso atinge todos nós, sem distinção”, reforçou Francisco.

Além do aumento em relação à ocupação de leitos, outra questão apontada pelo diretor faz acender o alerta máximo sobre a atual conjuntura da pandemia no que diz respeito a escassez no mercado de medicamentos para tratar doentes graves de Covid. “Nós estamos tendo problema na aquisição de medicamentos, não pelo fato de não existir recursos para tanto, ao contrário, mas porque os fornecedores não têm os produtos para vender”, disse ele, destacando que, além disso, houve um superfaturamento nos valores dos itens, chegando a patamares de três mil % de aumento num único item. “Há medicamentos que custavam R$ 17,00 e que hoje está sendo vendido a mais de R$ 200,00. Isso é injustificável e inaceitável”, reiterou o diretor.

Neste aspecto, Francisco fez um apelo público aos órgãos de controle da sociedade, a exemplo do Ministério Público, para que eles atuem no sentido de averiguar e fiscalizar esse aumento exorbitante nos preços dos medicamentos. “É preciso que os órgãos competentes averiguem o que está acontecendo porque não há justificativa para um aumento tão absurdo destes. Ontem, por exemplo, eu assinei um processo de compra de medicação sedativa para manter os pacientes sedados em leito de UTI e apenas para uma semana o processo custou R$ 80 mil. Essa é a realidade, além da dificuldade de compra”, desabafou Francisco, fazendo um apelo a população para não relaxar nas medidas de proteção.

O diretor lembrou que a Paraíba, desde o início da pandemia, sempre se anteviu com ações de combate efetivas, não apenas na ampliação de leitos Covid, mas com outras ações eficazes e oportunas, por isso, até agora se destaca em nível nacional como um dos cinco estados da Federação que melhor combateram as intercorrências da doença e assistiram seus pacientes. “Em nenhum momento, desde o início deste processo todo, vivemos um momento de estrangulamento de vagas, e mesmo diante deste novo cenário dispomos de uma central de regulação que encaminha os pacientes para um hospital que tenha vaga”, lembrou Francisco, tranquilizando a população sobre o encaminhamento que se dá quando uma unidade atinge 100% de sua capacidade, como ocorreu ontem à noite em relação aos leitos de UTI Covid no Complexo e hoje pela manhã, na questão dos leitos de enfermaria Covid da unidade. O Complexo de Patos tem 64 leitos de isolamento, sendo 32 de UTI e outros 32 de Enfermaria.

Assessoria


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