Prefeito vai à Polícia Federal para investigar suposto desvio de recursos públicos em Caaporã

O prefeito de Caaporã, Kiko Monteiro (PDT), vai acionar a Polícia Federal e o Ministério Público para investigar suposto desvio de verbas federais destinadas ao município do Litoral Sul paraibano. Segundo o gestor, ele foi notificado  pela Caixa Econômica Federal (CEF), devido ao não repasse de verbas pela gestão anterior.
Ele afirmou que de acordo com dados do Sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), na gestão passada foi empenhada uma folha de pagamento referente ao mês de novembro de 2016, no montante de R$ 4.535.606,54.  Mas, segundo os dados do Sagres, houve apenas um pagamento parcial por parte da Prefeitura correspondendo aos R$ 3.591.426,36, deixando um débito de R$ 944.180,18, para os cofres públicos.
Ainda segundo Kiko Monteiro, uma vez que a folha de pagamento do mês de dezembro de 2016, não foi paga e, junto à Caixa Econômica Federal o ex-prefeito deixou um débito de empréstimos consignados no valor de R$ 666.302,03. Ou seja, os valores foram retirados dos contra cheques e não foram repassados a Caixa Econômica Federal.
O prefeito declarou que devido à falta dos repasses, a Prefeitura foi notificada no início do mês e o documento oficial da CEF destaca que a prefeitura deverá ser inserida no Cadastro Oficial de Inadimplentes (Cadin), ficando impossibilitada de realizar parcerias ou firmar novos contratos com a Caixa.
“Essa é a herança deixada para nossa gestão, responder criminalmente por desvio de verbas que eles não repassaram. Assumimos a Prefeitura com as contas zeradas, fato que comprovo com cópias dos extratos. Isso não se faz, passa do limite da insensibilidade para com o povo de Caaporã. E é por essas e outras que irei até o fim para punir o responsável por esses atos de tamanha crueldade para com as famílias caaporenses. Já estamos com toda documentação oficial para acionar a Policia Federal, Ministério Público e a Justiça no intuito de que os verdadeiros culpados por esse rombo nas contas da prefeitura de Caaporã, sejam punidos”, disse.