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Juíza estende prisão de agressor de Bolsonaro e diz que ele representa risco

A juíza federal Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara de Juiz de Fora, converteu nesta sexta-feira (7) a prisão em flagrante do homem responsável por dar uma facada no candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, em prisão preventiva, sem prazo determinado.
A decisão foi tomada após audiência de custódia, que precisa ser feita em até 24 horas após a prisão em flagrante. Nessa audiência, o preso tem a oportunidade de se defender para tentar responder ao processo em liberdade.
Ao negar a soltura, a juíza escreveu que Adélio Bispo de Oliveira representa risco à sociedade.
Para ela, o agressor também representa risco à ordem pública, “notadamente se considerada sua periculosidade concreta corroborada pelo modus operandi da conduta, consistente na tentativa de assassinato do candidato por meio de verdadeira emboscada”.
A juíza também entendeu que há risco de que ele volte a cometer crimes.
Adélio Bispo de Oliveira foi preso pela Polícia Militar de Minas Gerais logo após Bolsonaro ser atacado em Juiz de Fora e, segundo a PM, confessou ser o autor da facada no candidato.
Insanidade mental e atendimento médico
Na decisão, a juíza afirma que a defesa apontou insanidade mental, mas que isso deve ser informado por escrito no processo e analisado pelo juiz que for tratar do caso.
A magistrada também determinou que Adélio Bispo de Oliveira passe por atendimento médico, uma vez que reclamou de dores durante a audiência.
“Tendo em vista que o custodiado reclamou de dores no corpo durante sua oitiva, determino que passe por atendimento médico junto ao CERESP, antes de sua transferência ao presidio federal.”
Ele será transferido para o presídio federal de Campo Grande (MS).
Observações da juíza
No termo da audiência de custódia, a juíza afirmou que trata-se de “delito grave”. “Trata-se de delito grave, que revela profundo desrespeito à vida humana e ao Estado Democrático de Direito, notadamente, a liberdade constitucional de manifestação dos ideais políticos, afetando de forma direta no processo eleitoral.”
Na avaliação dela, trata-se de delito “adredemente planejado, tendo sido desferido golpe de faca no abdômen, sem direito de defesa da vítima”, o que criou “grande comoção pública”. Para ela, não há dúvidas da participação de Adélio.
“Observo que existem imagens do delito, fortes, diga-se de passagem, as quais não deixam dúvida acerca da materialidade delitiva.”
A juíza também considerou que as investigações devem prosseguir para identificar se houve envolvimento de outras pessoas e frisou que “até o momento, não (foi) descartado envolvimento politico-partidário”.

G1

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