O empresário Waldir Rocha Pena, sócio minoritário do Supermercado BH, disse em depoimento à Receita Federal que entregou dinheiro de propina escondido em caixas de sabão em pó dinheiro de propina da empresa JBS para representantes dos senadores Aécio Neves (PSDB) e Zezé Perrela (MDB-MG). As informações estão na edição desta sexta-feira (16) do jornal ‘O Globo’.
O depoimento de Waldir, compartilhado com a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria Geral da República (PGR), foi prestado no âmbito da Operação Capitu, desdobramento da Operação Lava Jato que investiga suspeita de corrupção no Ministério da Agricultura. O empresário chegou a ser preso na operação e solto após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No depoimento, Waldir Rocha Pena contou que foram feitas quatro entregas de dinheiro, em nome da JBS, para Frederico Pacheco, primo do senador Aécio Neves e também a Mendherson Souza, ex-assessor do senador Zezé Perrella (MDB-MG).
Ao jornal, a defesa de Aécio disse que desconhece o assunto e que a afirmação do empresário ‘é mentirosa’. Já a assessoria de Zezé Perrella afirmou por nota enviada ao ‘O Globo’ que não foram encontradas provas que relacionem pagamentos da JBS ao senador.
Também ao jornal, a defesa de Mendherson Souza afirmou que a defesa desconhece o assunto. Já Frederico Pacheco disse por meio de advogados que as declarações do empresário são ‘deslavada mentira’.
No entanto, o depoimento do empresário confirma informações da delação premiada de Ricardo Saude, do grupo J&. O executivo disse ter repassado cerca de R$ 4 milhões a Aécio Neves por meio do primo. O dinheiro teria sido obtido por meio de operações financeiras com supermercados.
“Segundo Waldir Pena, cabia a ele a disponibilização de recursos em espécie. Ou seja, o supermercado entregava o dinheiro vivo a representantes da JBS, e o grupo abatia esses valores da venda de suas mercadorias para o supermercado”, diz trecho da reportagem.
Frederico e Mendherson já foram flagrados no ano passado em ações controladas da Polícia Federal recebendo dinheiro vivo dentro da JBS em nome de Aécio Neves. Em abril, os dois e Aécio se tornaram réus em ação que tramita no Supremo Tribunal Federal por suspeita de corrupção.
O advogado do supermercado BH, Carlos Alberto Arges, afirmou ao jornal em que as declarações de Waldir Pena não procedem e que nunca houve pagamento de propina.

O globo

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