O deputado federal paraibano Hugo Motta, líder do Republicanos na Câmara dos Deputados, orientou a bancada a votar contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/22, chamada PEC da Transição, que dá cheque em branco para o novo governo. Em discurso na Tribuna da Casa, o parlamentar argumentou que os novos integrantes do Congresso Federal é que deverão discutir as questões orçamentárias do próximo governo.
“O Republicanos nunca votará contra os mais pobres. O Republicanos nunca votará contra as famílias em situação de vulnerabilidade social. (…) Quando é que desde a redemocratização desse país, um Governo iniciou com a aprovação de uma PEC autorizando o governo novo, sendo aprovada ainda na legislatura anterior? Nunca! Os governos costumeiramente [tomam posse] no dia 1º de janeiro, e o novo Congresso era empossado em 1º de fevereiro, e a partir daí se construía a governabilidade. Aí sim, se trata de autorização para gastar naquilo que for escolhido como prioridade”, disse o parlamentar.
Ainda segundo Hugo Motta, as lideranças do Republicanos defendem que a PEC seja precisa ser discutida de forma clara. Ele afirmou ainda que o partido entende que é importante manter o equilíbrio entre despesas e receitas, bem como garantir um ambiente de negócios saudável, tornando o Brasil um país seguro para os investimentos vigentes e futuros
Em nota, o Republicanos argumenta que, diante da decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já garantiu o pagamento do valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) para as famílias em vulnerabilidade social fora do teto de gastos e pensando na manutenção da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto para o próximo ano em 2,5%, votará contra a Proposta de Emenda à Constituição 32/22 (PEC da Transição).
“Não há urgência para votar a PEC. Não são os mais pobres que estão correndo riscos, mas se trata de uma autorização para o governo entrar em janeiro e gastar em demasia sem discutir com o novo Congresso que toma posse em cérebro”, afirmou Hugo Motta.
Confira o pronunciamento do deputado: