O futebol brasileiro permanece na mira de grandes máfias. Recentemente em São Paulo a polícia civil cumpriu mandatos de prisão de sete pessoas suspeitas no envolvimento com manipulação de resultados em jogos das Séries A2 e A3 do Campeonato Paulista. Ainda em andamento, a operação intitulada 'Game Over' poderá revelar novas fraudes, inclusive, envolvendo outras séries e competições, conforme anunciado pela delegada Kelly de Andrade, em entrevista coletiva nesta quarta. 


Segundo interlocutores ligados à Policia Civil paulista, o mesmo esquema de venda de resultados pode ter ramificações no estado da Paraiba, onde as autoridades competentes já foram provocadas e estão investigando fatos suspeitos mesmo antes do início do Campeonato Paraibano 2023. 


Em meio às recentes denúncias feitas para o Ministério Público e apuradas pela Polícia Civil, relembramos outros casos de corrupção no futebol. Confira:


2013 – Caso Amarilla (Libertadores)


Carlos Amarilla, árbitro peruano, foi acusado por ter manipulado o resultado da partida entre Corinthians e Boa Junior, pelas oitavas de final da Copa Libertadores de 2013. Na ocasião, o árbitro anulou dois gols legais e deixou de marcar dois pênaltis para a equipe brasileira. Escutas telefônicas mostraram o ex-presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol), Julio Grodona, indicando Amarilla para a apitar a partida e o inclinando para favorecer o time argentino. Amarilla chegou a ser afastado pela Federação Paraguaia de Futebol, mas logo voltou a apitar. 


2005 - Máfia do Apito (Brasil)


Em 2005, naquele que ficou conhecido como o ano da 'Máfia do Apito', o árbitro Edilson Pereira de Carvalho foi preso acusado de manipular resultados de jogos do Campeonato Brasileiro daquele ano. Na ocasião, a competição vencida pelo Corinthians, foi manchada pelo escândalo que beneficiava empresários que, após saberem dos resultados combinados, apostavam em sites na internet.


Além do ex-árbitro, a polícia federal, que comandou as investigações, também prendeu o empresário Nagib Fayad, acusado de ser o responsável pelo esquema. Ainda, os 11 jogos apitados por Edílson no Brasileiro da Série A foram anulados e jogados novamente. Ele foi suspenso e posteriormente banido do esporte.


2005 – Caso Robert Hoyzer (Alemanha)


No mesmo ano a Alemanha foi o centro das atenções de forma negativa. O árbitro alemão Robert Hoyzer foi preso por manipular resultados de jogos da Copa da Alemanha e das segunda e terceira divisões do país durante o ano de 2004. Hoyzer tinha relações com apostadores croatas e confessou o crime à polícia. Estima-se que o esquema envolveu 2 milhões de euros e, como punição, o árbitro acabou banido do futebol.


2006 – Rebaixamento da Juventus (Itália) 


Em 2006, a Itália também envergonhou o mundo com acusações de manipulação de resultados. No caso que envolveu grandes equipes do Campeonato Italiano (Juventus, Milan, Fiorentina, Lazio e Reggina), as denúncias foram por conta da escalação de árbitros 'comprados' para apitar jogos específicos da competição. Dentre as provas obtidas pela investigação, foram divulgados conversas por telefone do presidente da Juventus na época, Luciano Moggi, propondo o esquema. 


Quando descoberto, o escândalo resultou no rebaixamento da Juventus, além da perda dos últimos dois títulos italianos conquistados em 2005 e 2006. Ainda, todos os times envolvidos começaram a temporada seguindo com pontuação negativa. Ao todo, 19 dirigentes e árbitros foram suspensos.


1997 - Caso Ivens Mendes e Atlético Paranaense (Brasil)


O ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Ivens Mendes, foi denunciado após ter cobrado R$ 25 mil do presidente do Atlético Paranaense, na época Mario Celso Petraglia, para que o time rubro-negro fosse beneficiado na partida diante do Vasco pela Copa do Brasil daquele ano. Mendes ainda teria cobrando cerca de R$ 100 mil do presidente do Corinthians, Alberto Dualib. O dinheiro cobrado serviria para a campanha de Ivens para concorrer para deputado federal nas eleições de 1998. Como punição, o Atlético foi punido com a perda de cinco pontos. 



Da redação com informações de “O Lance”

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